sábado, 19 de dezembro de 2009

Há tanto tempo que te amo



Realmente não se pode julgar um livro pela capa, isso vale também para os filmes. Não gosto de ler a sinopse ou criticas sobre o filme, creio que quando se lê você está sendo manipulado pelas palavras de um terceiro, tornando assim a leitura do filme pobre e previsível. Quando vi o nome do filme pensei: “Ah um romance água com açúcar que conta a história de uma mulher vivendo uma crise em seu casamento de longos anos, e em busca da felicidade vai atrás de um grande amor do passado, um amor de infância talvez.” Não sei se tive essa interpretação do título do filme pela óptica do momento em que vivo, não sei, Freud adoraria tentar entender isso. Enfim, não era nada do que eu esperava.
Até a metade do filme o espectador se sente totalmente perdido, por não saber ao certo o que acontecera, não saber o motivo rela do desaparecimento de Juliette - interpretado por Kristin Scott Thomas – a desconfiança de sue cunhado Luc, e a tentativa da irmã caçula em criar um laço de afetividade e carinho com a irmã.

A trilha sonora no decorrer do filme é somente instrumental, e somente a ultima musica tem letra. A poética da musica encaixa-se perfeitamente com o filme. E a explicação para o título está em uma música do filme e no contexto da relação familiar.

O tamanho do rio que o delegado tanto descrevia sua profundidade, suas formas, sua imensa vontade de conhecê-lo representa Juliette com seus mistérios e surpresas.

“Diga quando você vai voltar,
Diga ao menos se você sabe.
Porque do tempo que passa, se resgata pouco
E do tempo perdido não se resgata nada”

Um comentário:

  1. Eu preciso falar isso: esse filme é demais! Com certeza, o melhor do ano até agora!

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