sexta-feira, 9 de julho de 2010

novo blog!

Galerinha... 11 seguidores^^

bom..
mudei... precisei mudar...(minha cabeça precisou!)
mas agora todos os meus textos estarão nesse blog aqui a baixo..

espero que curtam!

http://ticketavulso.blogspot.com/

sábado, 19 de dezembro de 2009

Há tanto tempo que te amo



Realmente não se pode julgar um livro pela capa, isso vale também para os filmes. Não gosto de ler a sinopse ou criticas sobre o filme, creio que quando se lê você está sendo manipulado pelas palavras de um terceiro, tornando assim a leitura do filme pobre e previsível. Quando vi o nome do filme pensei: “Ah um romance água com açúcar que conta a história de uma mulher vivendo uma crise em seu casamento de longos anos, e em busca da felicidade vai atrás de um grande amor do passado, um amor de infância talvez.” Não sei se tive essa interpretação do título do filme pela óptica do momento em que vivo, não sei, Freud adoraria tentar entender isso. Enfim, não era nada do que eu esperava.
Até a metade do filme o espectador se sente totalmente perdido, por não saber ao certo o que acontecera, não saber o motivo rela do desaparecimento de Juliette - interpretado por Kristin Scott Thomas – a desconfiança de sue cunhado Luc, e a tentativa da irmã caçula em criar um laço de afetividade e carinho com a irmã.

A trilha sonora no decorrer do filme é somente instrumental, e somente a ultima musica tem letra. A poética da musica encaixa-se perfeitamente com o filme. E a explicação para o título está em uma música do filme e no contexto da relação familiar.

O tamanho do rio que o delegado tanto descrevia sua profundidade, suas formas, sua imensa vontade de conhecê-lo representa Juliette com seus mistérios e surpresas.

“Diga quando você vai voltar,
Diga ao menos se você sabe.
Porque do tempo que passa, se resgata pouco
E do tempo perdido não se resgata nada”

sábado, 12 de setembro de 2009

IMAGENS E SONS – a nova cultura oral



Milton José de Almeida inicia seu livro em uma ótima abordagem explicando a diferença entre filmes didáticos e filmes comerciais. Como a televisão influencia em nossas opções por filmes e como nós nos tornamos suscetíveis ao desejo da compra. O fato de que a nossa sociedade valoriza muito mais um imagem (que de preferência ela seja animada) do que um texto está explícita cada dia mais em nossa vivência, porém ele discute isso de uma forma didática e bem explicativa.

Compara de forma muito bem colocada a cultura de massa com a o ensino das escolas, demonstrando que estamos presos somente às coisas que nos apresentam, os que se libertam, são os que procuram e se instruem. Paralelo com a caverna de Platão, e seus acorrentados que nunca viram a luz do sol e somente viram as sombras que lhes apresentaram... E quando a pessoa busca a aprimoramento de conhecimento vêm às subjetividades, tudo é subjetivo quando está fora do campo das exatas, do que se pode somar, dividir, quantificar e colocar num papel sabendo que seguindo determinada “lógica” todos chegarão ao mesmo resultado.

Dá parâmetros para análises, e contextos de filmes para comparações e críticas. Noções básicas da história do cinema e como podem ser realizados os efeitos e dramaticidades de determinados filmes.

" Imagens e sons que são simulações do real, que se tornam reais devido a suas identificações com a oralidade da fala, com a simultaneidade dos tempos do espectador e das imagens, naquela continuidade e seqüencialidade sem retorno em que o significado vai se fazendo como na cadeia sonora da fala”. A continuidade deste parágrafo demonstra o porque acontece a persuasão e o poder sobre o espectador, por não ocorrer nenhum diálogo o espectador fica restrito somente à ser um receptor (ESTE TEXTO FOI ESCRITO NA DÉCADA DE 90, OU SEJA NÃO HAVIA INTERATIVIDADE TÃO CRESCENTE ENTRE EMISSOR E RECEPTOR, MAS EM MINHA MODESTA OPINIÃO, AINDA ACHO QUE NÃO ESTAMOS TÃO LONGE DESSE ACOMODAMENTO ENTRE SER UM SIMPLES RECEPTOR, POIS NÃO TEMOS AINDA CONDIÇÕES TECNOLÓGICAS SUFICIENTES PARA NOS COLOCARMOS À PAR DOS ACONTECIMENTOS EXTRA-SOFÁ -assunto para outro post).

Por ser um livro teoricamente considerado já “ultrapassado” podemos ver que muitas coisas permaneceram iguais ou pioraram, por exemplo, a necessidade de crianças terem o visual para se “saciarem” podendo cair na falta de criatividade e não utilização de partes do cérebro...

Grandes diretores e autores são citados e ganham, cada um, um capítulo inteiro para análise e comentários.

ROCCO E SEUS IRMÃOS – de Luchino Visconti, ganha intertextualidade com uma das mais conhecidas histórias do mundo (não, não é os três porquinhos... ) e sim Caim e Abel, filhos de Adão e Eva e a rivalidade entre irmãos.

Faz uma crítica análise sobre Alice no País das Maravilhas e Peter pan, com o objetivo de demonstra o porquê há esta extrema necessidade do ser humano em criar coisas, que sabemos que fogem da realidade e sua precisão nas criações e execuções de projetos extra-reais.

Para finalizar o texto descreve como foi a criação da Commedia dell’Arte e sua adaptação para o cinema!

Livro extremamente interessante para ter como base, para ser um bom crítico.
O escritor, Milton José de Almeida é Mestre e doutor em Lingüística pela USP.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

brilho eterno de uma mente sem lembrança











Dizem alguns estudiosos que quando você se emociona em algum filme, alguma parte do seu subconsciente ou consciente foi atingida e você involuntariamente chora. Estudiosos de cinema afirmam que você deixa de ser uma pessoa racional e move-se somente pelas emoções, explicam que você não consegue se deter à realidade. Talvez seja! Talvez algumas mulheres percam sua racionalidade perto do período pré-menstrual outras possam ser a vida inteira emotivas e um pouco descompensadas, talvez os homens sintam um incrível medo de tudo e deságüem em um choro incessante! Não sei ao certo!
Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original, Brilho eterno de uma mente sem lembrança traz uma diferente problemática que é o querer deletar da mente as coisas em que não quisermos mais. Joel (interpretado por Jim Carrey) e Constantine (Kate Winslet) se conhecem de forma inusitada e engraçada. A impulsividade de um faz com que inicie-se o tratamento de esquecimento. Com grande rebeldia e atitude algumas coisas vão mudando...
Aí você para pra pensar depois de assistir o filme... bem que algumas coisas podiam ser deletadas da nossa mente, sensações ruins, lembranças horríveis, dias demoníacos.. algo que não nos fizesse bem..
Mas de que valeria??? As coisas ruins vão embora.. E somente as boas ficam? Como seria o mundo???
Só sei que nada sei...
Tento sempre levar as lembranças melhores possíveis das pessoas que já conheci.. e as ruins levo elas para aprender algo... nada vai ter nenhuma serventia!!
A música principal do filme é Everybody's got to learn sometime.. segue o link com a música e alguns trechos do filme.

http://www.youtube.com/watch?v=WIVh8Mu1a4Q

Há sempre uma segunda chance de se aprender as coisas mesmo apagando tudo??

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O ESCAFANDRO E A BORBOLETA






O escafandro e a borboleta têm uma beleza poética inimaginável, é um filme para se rever o dia-a-dia. Normalmente quando alguém da família ou conhecido falece, percebemos que devemos mudar algumas partes de nossa rotina, nos damos conta de que quando se menos espera, morre. A adaptação do livro foi muito bem expressada!

Um célebre editor da revista francesa elle é o protagonista desta história, interpretado pelo ator Mathieu Amalric e dirigido por Julian Schnabel.

O escafandro - aquele capacete de mergulho antigo, pesado - representa o corpo de Jean-do, corpo que perdeu todas suas funções após um derrame. Somente o piscar é a maneira de conversação para com os médicos e parentes.
A borboleta representa a imaginação, sua capacidade de interagir com seu passado e seu presente – que se restringe às dependências do hospital, aos médicos e às visitas que aparecem.

Após um epifania e grande determinação, Jean-do decide parar de ter auto-piedade, e demonstra que quer muito escrever um livro.
Com uma ótima trilha sonora, e imagens de grande sensação, é possível se sentir dentro da cabeça de Jean, há um grande envolvimento com suas reminiscências. Mas, o principal efeito, e em minha opinião o mais nostálgico, é como foi posicionada a câmera, a forma da gravação foi esplêndida!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Os enjaulados - Behaviorismo




No mesmo ritmo de filmes sobre escolas, vai esse: ENJAULADOS!

Enjaulados (Detention/Learning curve, 1998 – direção ) trata da história de um professor substituto, que fora designado para dar aula para uma turma que teoricamente não havia conserto. Após tanta humilhação da parte dos alunos para com Walmsley (interpretado por John Davis), o professor decide adotar táticas de contra ataque. Com um plano de seqüestro dos piores alunos, ele arma uma situação em que parecesse com que eles fossem ser premiados, os dopa e aí começa a trama do filme. Usando de psicologia behaviorista e um requinte de crueldade, ele os reeduca de maneira condicionada.

A psicologia behaviorista:

Os primeiros a estudarem o comportamento foram os russos Vladimir Bechterev, estudioso na área de neurologia e psicofisiologia, e Ivan Pavlov, que foi o primeiro a propor a teoria do condicionamento reflexo e estudar suas experiências em cães.
O objetivo do behaviorismo segundo a linha clássica é prever e controlar todo comportamento de qualquer indivíduo. Qualquer mudança observada em um organismo independente do fator deveria ser analisado e estudado.

O comportamento, segundo a teoria do behaviorismo clássico, era modelado pela idéia de Pavlov – estímulo e resposta – denominado condicionamento clássico.
John B. Watson, um dos principais psicólogos envolvidos no desenvolvimento da teoria behaviorista, afirmava que o meio interfere significativamente no comportamento e atitudes do indivíduo.

Um dos experimentos conduzidos por Watson foi com o Pequeno Albert, em 1920, na para demonstrar funcionamento do condicionamento clássico em seres humanos. Já havia sido estudado em animais, por Pavlov com cachorros, mas não em humanos. No experimento - que foi inclusive filmado - ele implanta uma fobia em um bebê, associando um estímulo inicialmente neutro com animais peludos a um estímulo aversivo, no caso som alto. As junções dos dois estímulos, por varias vezes, fizeram com que o bebê desenvolvesse o medo de animais peludos.

Segue um vídeo bem explicativo sobre e com a experiência com o bebê Albert.
http://www.youtube.com/watch?v=vMVaxktVJz4

domingo, 23 de agosto de 2009

A ONDA [DIE WELLE]

Estreou na sexta feira nos cinemas brasileiros o filme A ONDA, (die welle, Alemanha - 2008). A história se passa nos dias atuais na Alemanha, a qual se resume em um professor que procura demonstrar como seria um regime totalitário, no caso o fascismo. O professor Rainer Wenger (interpretado por Jürgen Vogel), a ordem e a união são impostas pelo professor, e as opiniões e sugestões de como deveria ser este grupo são dadas. Uma das primeiras coisas aceitas pelo grupo de adolescentes é o uniforme – camisa branca e calça jeans - após isso, o comprimento entre os integrantes. A não aceitação das regras do grupo levava às punições.


A criação:


O filme foi baseado no livro “The Wave” 1981, do escritor Morton Rhue, cuja leitura é obrigatória nas escolas da Alemanha. O livro descreve acontecimentos em uma escola numa pequena cidade americana. Uma das traduções do livro trazia como título: "A Onda. Relato de uma experiência de ensino, que foi longe demais".

Morton Rhue se baseou no fato ocorrido em 1967 na escola dos EUA, Cubberley High School, no estado da Califórnia na cidade de Palo Alto. O professor William Ron Jones, montou em sua sala de aula uma simulação de como seria um regime totalitário. Objetivo era demonstrar como os alemães da década de 30 aderiram ao regime nazista de Adolf Hitler. O professor Jones foi um dos consultores da produção filme.

Bases para a construção:


O livro “Massa e Poder” do ensaísta búlgaro Elias Canetti trata sobre a manipulação da massa e a adesão à movimentos políticos, na sua juventude viu o movimento nazista tomar forma e crescer. Filho de judeus, se refugiou na frança e escreveu em 25 anos este livro.

The wave livro de Morton Rhue, de1981. Traduzido posteriormente como “A Onda. Relato de uma experiência de ensino, que foi longe demais". Rhue é americano e tem vários pseudônimos.


PLANO DE AULA
O SÍMBOLO

A CONVENÇÃO

...

FICA A PERGUNTA...

O QUE PODE SER REALMENTE FEITO PARA SE OBTER A UNIÃO SEM CAIR NUM REGIME TOTALITÁRIO OU NUMA OPRESSÃO? ESTAMOS PREPARADOS PARA ISSO?